sexta-feira, 4 de julho de 2008

Sem medos.


Um, dois, três... Dias, meses, anos e enfim, uma vida inteira. A vida não perdoa ninguém e passa rápido, porque sabe que tem tempo infinito, longeividade. Charles Chaplim, em sua sabedoria sem limites, escreveu certa vez que a vida findar em um extasiante orgasmo - como quando somos gerados. Longe de mim contestar tal mestre das artes, mas tenho que expor minha opinião sobre as razões e formas com que acabamos. Pera lá!, acabar, acabar, ninguém acaba (vamos combinar). O que acontece na verdade é que os corpos se enterram para que as pessoas que ficam compreendam que o material não é nada frente ao afeto, ao amor, as lembranças e a todas as pequenas e grandes coisas que faze parte de cada um de nós. Nos velórios sempre fico com uma leve impressão que, fora as lágrimas de saudades e tristezas, rola muito é um peso na consciencia, uma realidade que poderia ter sido mudada, diferente. Uma dor que doi fisicamente muitas vezes movida pela culpa, pela certeza absoluta de que já é tarde para qualquer mudança. É praticamente impossível que a culpa ou o arrependimento não povoe a mente de quem acabou de perder um ente, mas o fato é que em sua maioria, ultrapassam a linha da realidade e tudo que se aproxime do sentimento, colocando aquela pessoa acima do bem e do mal.
Não sou uma boa conselheira mas sei bem o que é perder alguém que se ama incondicionalmente, assim sendo peço a vocês que vivam cada segundo em pleno gozo, com intensidade e sem medos. Dê a quem você ama a oportunidade delas saberem disso. Vale a pena sim!

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