sexta-feira, 4 de julho de 2008

Oftalmo

O ruim de ir no oftalmo é aquele maldito colírio. Depois que nossa pupila tá ditalata não há óculos que dê jeito e muito menos olhinhos puxados, e só basta esperar. Esperar que a visão turva volte ao normal e você possa novamente usar as lentes que te mostram o que está bem ali, na ponta do teu nariz. Quanta bobagem, eu enxergo perfeitamente de perto! Mentira! E mentira das cabeludas! Se você enxergasse tão bem assim eu aposto que não teria deixado o amor da tua vida passar por tua vida e não ter audacia para segura-lo; se você enxergasse tão bem de perto você poderia ter pintado a cor da tua parede de lilás, ao invés do rosa; se você enxergasse tão bem de perto você não teria deixado aquele olhar de socorro passar batido. É o que todas as pessoas fazem todos os dias: pedem socorro! Poderia te indicar o 192 para você chamar quando estivesse precisando, mas eu bem sei que a dor está gritando dentro de ti há anos, e as forças já foram todas perdidas. Um baixo grau de depressão tende a se infiltrar em tua vida, mas sempre reluta pq está sempre ciente de tuas necessidades e obrigações. E já parei pra me perguntar de onde tiras tanta força para continuar a viver se já te aconteceram tantas coisas pelas quais eu, particulamente, desistira no comecinho. Te ajudaria mais se pudesse, mas isso é intimo demais pra eu me meter. Se fosse possível eu te daria a receita do remédio para todas as tuas enfermidades, te daria uma farmácia de possibilidades, só pra você voltar a sentir fé em si mesma. Porque eu sei, que apesar dessa manta protetora que tu mesma fizeste para si, aí dentro, ali do lado esquerdo do peito, pulsa amargura, corre por tuas veias vestigios do passado, e é isso que não te deixa ser completa. Da minha forma, eu vou te ajudar. E você vai sair dessa. Eu garanto!

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