sábado, 26 de dezembro de 2009

Pedrona

Um coração de pedra há de ter suas vantagens. Menos paixão, mais razão. Em vez de choro e sofrimento, lógica.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Sou assim


Eu devo reconhecer que ninguem me conhece. Não realmente. Os que mais sabem não sabem da metade. Não deixo todos os segredos escaparem de mim, não mesmo. Uma delicadeza com os outros, eu diria; pois não quero assustar as pessoas com meu passado. Em especial aquelas que continuaram gostando de mim após o pouco que souberem. Mesmo porque aquela, que fez aquilo, nao esta mais aqui. Eu sou literalmente outra.
Sou cheia de manias. Tenho carências insolúveis. Sou teimosa. Hipocondríaca. Raivosa, quando sinto-me atacada. Não como chuchu. Só ando no banco da frente dos carros. Mas não imponho a minha pessoa a ninguém. Não imploro afeto. Não sou indiscreta nas minhas relações. Tenho poucos amigos, porque acho mais inteligente ser seletivo a respeito daqueles que você escolhe para contar os seus segredos. Então, se sou chata, não incomodo ninguém que não queira ser incomodado. Chateio só aqueles que não me acham uma chata, por isso me querem ao seu lado. Acho sim, que, às vezes, dou trabalho.
Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Passat.

200


Há uns duzentos anos atras, Benjamin Franklin compartilhou o segredo do seu sucesso com o mundo. Ele disse "nunca deixe para amanhã o que você pode fazer hoje". Esse é o homem que descobriu a eletricidade. Então é normal que a maioria de nós levemos a sério o que ele fala. Eu não tenho idéia de porque a gente fica adiando as coisas, mas se eu tivesse que chutar, diria que tem muito a ver com o medo. Medo do fracasso, medo da dor, medo da rejeição. Às vezes, medo de apenas tomar uma decisão, porque, e se você estiver errado? E se você cometer um erro que não dá pra desfazer? Seja lá do que a gente tem medo, uma coisa é sempre verdade: com o tempo, a dor de não ter tomado uma atitude fica pior do que o medo de agir.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Carta-Desabafo-Padrão


Envio esta carta porque nunca mais quero você na minha frente. E dessa vez falo sério. Nunca mais quero ouvir a sua voz, mesmo que seja se derramando em desculpas. Nunca mais quero ver a sua cara, nem que seja se debulhando em lágrimas arrependidas. Quero que você suma do meu contato, igual a um vírus ao qual já estou imune. A verdade é que me enchi. De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia, o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame. Fico pensando como chegamos a esse ponto. Como nos permitimos deixar nosso amor acabar nesse estado, vendido e desconfiado. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser. Não quero mais nada que exista no mundo por sua interferência. Não quero mais rastros de você no meu banheiro. Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar? O tédio a dois - essa é a minha parte no negócio? Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando. Mas antes faço questão de te dizer três coisas. Primeira: você não é tão interessante quanto pensa. Não mesmo. Tive bem mais decepções do que surpresas durante o tempo em que estivemos juntos. Segunda: não vou sentir falta do teu corpo. Já tive melhores, posso ter novamente, provavelmente terei. Possivelmente ainda esta semana. Terceira: fiquei com um certo nojo de você. Não sei por quê, mas sua lembrança, hoje, me dá asco. Quando eu quiser dar uma emagrecida, vou voltar a pensar em você por uns dias. Bom, era isso. Espero que esta carta consiga levantar você do estado deplorável em que se encontra. Mentira. Não espero nenhum efeito desta carta, em você, porque, aí, veria-me torcendo pela sua morte. Por remorso. E como já disse, e repito, para deixar o mais claro possível, nunca mais quero saber de você. Se, agora, isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes. Adeus, graças a Deus.

sábado, 5 de dezembro de 2009


Uma antítese exagerada.
Uma estrela de novela mexicana sem sucesso, cujo único propósito é buscar a paz.
Não, eu não pedi pra ser assim.
Sim, eu já tentei mudar.
Não, eu não consegui ser diferente.
Eu sou coração mesmo, a razão é meu ultimo recurso.
Sou Peter Pan, Menina Maluquinha, uma historia em quadrinhos.
Acredito em contos-de-fada e não obrigada, não estou afim de ser como você.
Tenho pouco cabelo, estou acima do peso, os olhos são falsos e agradeço. É com essa aparência que te seleciono.
Então não espere grandes transformações.
E não se iluda, meninos perdidos não crescem e eu não vou crescer.
Enquanto você se preocupa com a minha infelicidade, o pó mágico me faz voar.
Calma, não comemore caso o efeito acabe.
Se eu cair, eu me levanto como sempre fiz.
Mesmo que haja choro, mesmo que haja dor.
Eu chego lá e não me troco pelas suas mudanças.
O tempo do amor-próprio chegou.
Prepare os lenços.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009


Queria dar passos pequenos. Aproveitar a paisagem e esquecer do azar que está sempre ao meu lado.

As passadas longas têm me feito crescer rápido, deixar pra trás parte do meu agora e viver o meu amanhã.

Sem intensidade. Sem escolhas a serem feitas.

Fui obrigada a carregar o pesado fardo da realidade.

Finalmente eu deixei os meus contos de fadas nos livros e na minha lembrança.

Talvez, não tenha sido tão ruim. Eu mal lembro do seu sorriso amarelo dizendo que me amava. E tudo que me faz lembrar de ti, só me causa enjôos.

Tudo bem, eu sei que já não vôo mais, que ao teu lado o mundo tinha cor, mas eu prefiro o meu preto e branco, minha falta de criatividade, a minha vida pacata e sem emoção à você.

Não estou te colocando culpa pela minha vida vivida pela metade.

Quando o destino nos encontra, não tem como escapar e você foi o escolhido pra me dar essa notícia e foi pela forma que fizeste que te culpo.

Partiste meu coração ao meio com seus beijos sem paixão, seus abraços não sinceros e suas palavras ditas da boca pra fora.

Agora, enquanto você vive no seu mundo colorido. Eu fico aqui, dando meus passos largos, adquirindo uma maturidade não esperada e pedindo pro destino me encontrar de novo de uma forma melhor.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos!


Falar muitas vezes é mais fácil do que fazer. Tenho certeza que sou uma ótima conselheira, mas se não fosse minha psicóloga eu não sairia do canto. E por fazer tão pouco, por não segur meus próprios conselhos que eu não soube aproveitar o melhor de ti. Aliás, eu soube. Durante muito tempo nós fomos os melhores amigos do mundo: eu sabia até o que você ia pensar daqui cinco minutos, você sabia até o que eu estava desejando só pelo meu modo de olhar. Nós fomos tão felizes que eu não entendo como tudo aquilo se passou tão rápido. Você era por mim e eu era por você em qualquer momento, em qualquer circunstancia - mesmo se estavamos errados. A nossa amizade ultrapassou tantas barreiras, incomodou tanto todas aquelas pessoas que não suportam ver sorrisos e cumplicidades. Bem verdade que a gente nunca ligou para o que nos rodeava, sempre fomos a extremidade da sociedade. Passavamos e eramos apontados. A gente só sorria de todos eles, de todos aqueles hipocritas. Coitados. E era um amor mutuo, que crescia dia após dia, que era cheio de saudade, cheio de sinceridade. Mas você sabe como é... A vida nos afastou. Mais uma vez o maldito tempo soube trabalhar direitinho em nossas vidas e BUM, já não eramos mais como antigamente. Você fez novas amizades, eu solidifiquei antigas. Quando nos viamos era uma festa, mas parecia que já não sentiamos tanta falta um do outro. Isso não é culpa de ninguém, é porque a vida é mesmo injusta. E é por isso que eu não gosto muito dela. Ela sempre leva quem eu amo, e sempre quem acaba perdendo sou eu. Não existe mais tempo para desculpas ou declarações eternas de amor. O sentimento que construimos no tempo em que passamos juntos será intocável, jamais mudará. Eu só lamento ter sido fraca e não ter lutado para que ainda fossemos um só, mas nada pode mais ser feito. O que eu vou lembrar pra sempre é que você sempre foi uma das pessoas que me fez sentir melhor, quando o mundo todo dizia que eu era a pior. Você me fez senti princesa quando eu era a bruxa, me fez ver flores em meio as trevas, me fez voar quando a gravidade agia com fervor. E eu sei que eu também te fiz bem. E se existe algo que eu possa me arrepender é só de não ter ficado mais tempo ao teu lado. Mas eu sei que estavas bem cuidado, que todos que te rodeavam é porque te amavam de verdade, assim como eu. Você será pra mim o que sempre foi: um grande amigo! Vou falar de ti quando estiver bêbada, vou chorar de saudade quando eu sentir vontade, vou contar nossas loucuras e sanidades, vou dizer o quanto você me foi e é especial. Meus filhos saberão de ti. Olha por mim. Ainda sou a mesma que precisa de cuidados, dos teus cuidados. Te amo! Pra SEMPRE!

terça-feira, 28 de julho de 2009


"E mesmo com tanta lição aprendida sobre relacionamentos e dar valor, hoje eu preferia não saber nem mais escrever o meu nome. Eu trocaria todo o conteúdo adquirido por só saber mais uma vez que o teu corpo tem o peso exato sobre o meu. Pra ter ter mais uma chance de decorar todos os teus 100 sorrisos."

terça-feira, 14 de julho de 2009


Preciso gritar porque se não eu explodo. Preciso dizer o quanto eu me sinto perdida por não saber o que fazer, por não saber como agir, por não saber absolutamente nada sobre o futuro que me foi reservado. Eu espero anciosa dias e dias e nada acontece, a não ser o aumento dessa angustia no meu peito que faz com que a vida não siga do jeito correto. Eu tenho sonhos, eu tenho pesadelos, eu não desgrudo do celular, eu não sei mais o que pensar. Quando tento travar meus impulsos eles se esquivam e fazem o que não quero, o que não planejei. Eu escuto tua voz me chamando, eu te vejo no meu portão. Eu não preciso passar por isso. Eu odeio como eu preciso tanto de ti, eu odeio esse medo ridículo de te perder, eu odeio você ser do jeito que é. Estou com raiva do dia que me apaixonei por você, estou com raiva de ter te oferecido o meu melhor, de ter te mostrado meus defeitos, minhas imperfeições e de ter sido tão fiel aos teus princípios. Mais uma vez eu devia ter sido mais eu. Eu estava no comando da situação e o jogo virou. Estou dependente e outra vez a história se repete: sei que vou sofrer. Esperarei longamente você chegar, me abraçar e dizer que estou enganada. Aí eu só vou querer me deitar no teu colo e te dizer o quanto eu te amo, o quanto me fizeste falta todos esses dias e que eu nunca mais vou te deixar ficar longe de mim.

segunda-feira, 13 de julho de 2009


Eu achei que pudesse ser perigoso, me perder em você, porque eu achei que não teria volta. E nesse ponto eu estava incrivelmente certa. Não teria volta. Seria perigoso. Perigoso porque você me desarma, lê todas as minhas faces, conhece cada um dos meus defeitos e medos, pontos fracos. E dessa forma eu acabo, irremediavelmente, vulnerável. Foi justamente aí que eu descobri que nunca foi tão bom ser vulnerável. Me perdi em você. Sem volta. Aqui da janela, meio distante. Sinceramente, eu não pretendo achar o caminho de volta.

Em um determinado momento da vida, a história nos diz que temos de ser fortes. Que temos de ir até o final, porque a recompensa será grandiosa. Em um momento, a história nos diz que temos de crer num futuro que nem sabemos se vamos viver. Que temos de usar um office que fica corrigindo o que você quer que esteja errado. A história nos diz que as coisas têm de ser certas, as frases bem arrumadas, e que o tapete deve estar no chão, porque o tapete foi feito para estar no chão. As coisas foram feitas para serem coisas. Eu fui feita pra discordar. Em um momento você satura, quebra espelho, e tem alguém lá pra não te deixar cair, pra te fazer lembrar dos seus sonhos e das suas perspectivas, alguém que te coage a seguir até o final. Mas o que é o final? O que é ser forte ou fraca? Quando se é forte a vida toda, não se pode fraquejar mais nenhum instante, porque o mundo acredita que você sempre será como um tapete. Predestinada a estar onde te condicionaram a estar. Eu quis que o tapete me servisse de cortina. Eu quis cair. Eu quis que tudo voltasse a dar errado, só pra acreditar e conseguir discernir o que é certo. Eu quero arcar com as conseqüências. Ainda que seja egocentrismo. Antes meu ego no centro que uma alma no sanitário com um livro de Luane Rice. Eu estou sendo injusta com as pessoas que amo. Mas eu só posso amá-las integralmente quando eu me achar. E pra me achar eu preciso me perder. E pra me perder eu preciso que elas se decepcionem comigo e vejam que eu também erro, também sou fraca. Um tapete no teto. Um dia a história nos disse pra sentirmos, ou não. Eu “ to” entregue. Eu optei por ser intensa em cada sensação. Me desculpem se a intensidade lhes incomodar. Eu me seco com lençóis.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

(Arnaldo Jabor)


Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa: - ‘Ah, terminei o namoro… ‘ - ‘Nossa, quanto tempo?’ - ‘Cinco anos… Mas não deu certo… Acabou’ - É, não deu…? Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro. E não temos esta coisa completa. Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é malhada, mas não é sensível. Tudo nós não temos. Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele. Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona… Acho que o beijo é importante…e se o beijo bate…se joga…senão bate…mais um Martini, por favor…e vá dar uma volta. Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não lute, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família? O legal é alguém que está com você por você. E vice versa. Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer… A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar. Enfim… Quem disse que ser adulto é fácil?

terça-feira, 26 de maio de 2009


Não me culpe pelas consequências de seus erros. Há muito tempo que você se foi do meu coração, das minhas palavras. Agora, é como um papel em branco que eu já não tenho vontade de colorir. É como um elemento neutro numa combinação; não faz diferença. A distância é mantida, e faça o que fizer, é como se eu não enxergasse. Na verdade mesmo, eu não me importo. E saiba, nada do que você disser ou fizer, vai estragar minha felicidade. Então, poupe suas tentativas. Pra quem servir, adote.

Claro que eu tenho problemas, tristezas...claro que eu tenho um coração que não vive só de amor e felicidade. Tenho minhas cicatrizes, tenho também feridas abertas, e um travesseiro amigo. E não é que seja "cada um com seus problemas", mas não sou de ficar falando nessas coisas, não sou tão mexicana assim. Pelo menos não por aqui. E também, eu acredito que quando a gente sai publicando tristeza, ela triplica. A dimensão é maior, bem maior. E minha fuga continua, eu prefiro me esconder sim atrás de tudo que é bom, de tudo que traz paz. Porque é mais fácil chorar quando ninguém tá olhando, ...a gente dorme e a dor vai passando.

Sinceramente, eu não lembro de ter implorado atenção de ninguém. Também não lembro de ter exigido tempo, sorrisos e presença em seus tempos livres. Olha só que surpresa: eu nem sequer exigi uma "troca" de sentimentos. Só pedi um mínimo de consideração, respeito e transparência. E surpresa maior ainda é descbrir que foi pedir demais. (...) Mudei de idéia e resolvi apagar o restante do texto. Eu tento moderar meus sentimentos, e tento ainda mais deixar pra lá as coisas que não estão me fazendo bem algum. E aí, eu uso as palavras. Abuso-as. Mas hoje não, hoje eu não vou falar sobre a dimensão do que tá aqui dentro. (...) -Autocontrole. Quem diria...? Pois é.

Eu sempre me orgulhei por conseguir manter um certo controle sobre minhas emoções, por conseguir conter meus sentimentos e segurar as lágrimas até o final da noite.
Sempre fomos apenas eu, Deus e o cantinho entre o colchão e a parede.
(...)
Mais uma vez, eu apago quase um livro digitado.
Ainda não. Eu preciso de mais um tempo pra entender e aceitar a situação.
O que dói mesmo, é não poder fazer nada. Nem por mim, nem pra diminuir essa dor tão...triste.

-Ainda é entre a gente, Deus.

quinta-feira, 21 de maio de 2009


Uma hora cansa. Ninguém pode ser tão duro consigo mesmo e com os outros, e nunca cansar disso. Mesmo que seja entre quatro paredes e no escuro, vai ter um momento em que a armadura vai cair e você, querendo ou não, vai ser quem realmente é. Do jeito que sempre foi, por trás da armadura, das máscaras e do muro construído para impedir que algo te abale. Ou, para impedir que as pessoas percebam que algo mudou em você. Não é fácil mostrar força em dias tão difíceis. Não é simples saber que é exemplo e tentar ser o melhor possível. Nem sequer é agradável não poder errar em algum momento. Principalmente quando se é humano, quando o coração não é seu maior aliado e até teu olhar te trai. (...) É interessante saber que tudo que se faz, é observado. Tudo que se diz, tudo que se escuta, ...as pessoas estão sempre observando, esperando que você mostre o ponto fraco, que, obviamente, todo mundo tem. Então, eu, ainda que o muro seja imaginário, ainda que eu dispense as máscaras, ainda que eu seja tão banana, continuo guardando o que machuca, dentro de mim, onde ninguém possa encontrar.