domingo, 13 de julho de 2008


Às vezes para se contar uma verdadeira história de amor não se faz necessário um homem, uma mulher, ou um príncipe, uma princesa, uma bruxa má, mas uma bruxa tão má que seja péssima, uma torre alta, longas tranças, ou ainda um plebeu poeta paupérrimo e uma dama da alta aristocracia e poesias que o primeiro dedicou à segunda.

De vez em quando para se escrever uma história de amor basta uma menina com olhinhos rasgados, aparência inigmática, sorriso escancarado, uma vontade de proporcionar amor e uma cachorrinha.

Sim, vocês estão lendo isso mesmo, uma cachorrinha.

Não um cachorro qualquer. Ela tem que ser um pinscher-tekel e cheia de dobrinhas. Com o focinho constantemente úmido e que lamba as pontas dos dedos da pequena menina quando ela sentir-se só. Que não a abandone nunca.

Não precisa ser o cão mais bonito do mundo, basta ser o mais companheiro.

A menina e o objeto de sua afeição desbravarão ruas e parques de Fortaleza felizes. Saberão que tem um ao outro e nada mais importará. Os eventuais obstáculos que vencerão (juntos) parecerão tão diminutos que os ultrapassarão como quem pula as casas da amarelinha feita de giz verde no final da quadra.

E este cãozinho não terá um nome pomposo como Stephania, pretensioso como Carlota, nem banal como Lessi. A menina quer um nome simples e carinhoso como Lisa. E eles serão perfeitos assim. Mona sabe que um dia Lisa irá envelhecer, talvez esqueça de seus bons modos, faça xixi onde não deva, rosne para os vizinhos, torne-se mal humorada, mas a menina também sabe que Lisa estará SEMPRE dentro de seu coração.

Às vezes para se contar uma história de amor se faz unicamente preciso uma pinscher-tekel chamada Lisa e uma menina chamada Mona.


PS: Em homenagem ao meu avô, que ama nós duas mais que tudo no mundo.

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