terça-feira, 12 de agosto de 2008

Mundo mais Mundo


Ando meio desligada, distraída, parando pra olhar o céu, por entre gargalhadas que não se pode conter. Tenho esquecido os espectros que me rodeavam, atordoavam, tiravam meu sono. E ainda sem fantasmas, permaneço sem sono, atordoada, talvez tenha ocorrido uma inversão de motivos para os mesmos fatos, talvez seja só sonho, ou deslize de um poeta amador. Mas te digo, com a maior serenidade do mundo, que sonhar é o que existe de bom, não ter os pés no chão, não se comprometer com as dores de uma realidade cruel, desligar, não se importar, atordoar, se perder. Nunca segui meus instintos como agora, esqueci de ser racional! Não que eu tenha criado coragem, mas me entreguei completamente a isso tudo, de olhos vendados, sem arcar as conseqüências, nunca fui tão inconseqüente! E que se dane, que o mundo acabe, que tudo passe, que o tempo voe, que camisas de força apareçam, que eu me prenda, nada mais importa, até porque o mundo nunca foi tão colorido, tão doce, tão imaturo, o mundo nunca foi tão mundo como agora.

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