terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Não sou eu

Eu tenho uma mania ridícula de me doar demais, de esperar demais, de me lascar demais. Sozinha. Sim, sozinha. Sou dona das minhas escolhas, então... Talvez eu não me doe tanto quanto penso, por isso não recebo o que espero. Mas é que eu me acho tão fofa com as pessoas, tão atenciosa, tão interessada em seus problemas repartidos que, por um minuto, me pergunto se realmente o problema sou eu.
São amigos que não movem uma palha para me encontrarem, mas me cobram comparecimento quase que contínuo em suas vidas. São pessoas que me acham linda, engraçada, divertida que, pera, sou uma palhaça? São familiares de longe que estão perto e os de perto que estão cada vez mais longe. Não pode ser só eu. Não da para ser só eu. É, definitivamente não sou só eu. 
Se eu espero é porque eu quero. Já esperei tantos amores que nunca chegaram, tantas ligações que nunca atendi, tantos sorrisos que são de graça e nunca foram dados. Mas eu só espero de quem acredito ter um retorno, por isso dói tanto, as vezes.
Aqui de cima, perto dos 30, já me sinto suficientemente confortável para mandar qualquer pessoa se foder. Não é palavrão e nem falta de educação, é só uma expressão que poderia ser qualquer outra, até um "eu te amo".
Dar demais, receber de menos. Será que é isso mesmo? Mais clichê impossível, mas as pessoas só dão o que tem; e nem sempre é muito para nós.
Odeio migalhas, restos, o de ontem. Gosto de gente que vem por inteiro, que se joga na minha vida e me deixa se jogar na dela. Nada de desculpinhas fajutas para justificar erros que são seus. Tem horas que não estamos mesmo a fim, tem horas que não rola mesmo. Mas fazer disso uma constante é feio. E eu não caio mais nessa!