domingo, 1 de dezembro de 2013

Infância

A vida sempre teve um sabor doce, desde pequena.
Certamente poucas pessoas tiveram o prazer de serem criadas pelos avós, sendo mimada, sendo querida, sendo a princesa da casa... Despertando ciumes, caretas e inveja. Nunca liguei.
Eu gostava mesmo era porque meus primos viviam comigo, nós tivemos uma ligação muito forte e próxima: acordávamos juntos, íamos pro colégio juntos, brigávamos juntos, escrevíamos juntos a cartinha pro Papai Noel... Foi realmente uma infância doce. Isso sem falar nas viagens, nas fitas k7's que a gente colecionava. No primeiro cd que vimos e ouvimos, no primeiro som moderno, nas situações em que meu tio tinha que correr (RINDO ALTO). Enfim, eu morro de saudade.
Sempre que penso em infância lembro deles, se fosse diferente não seria eu, não seria nós.
O que mais me dói e deixa triste de tudo isso, é que hoje somos praticamente estranhos uns para os outros. Não sei qual foi o momento em que a gente cortou os laços. Não sei se existiu motivos suficientes para isso ou se aconteceu porque a gente quis, porque a gente se deixou levar.
Se eu pudesse pedir alguma coisa do passado, algum sentimento, eu pediria eles. Queria a gente de novo, mas a cada dia que passa as coisas só se distanciam.
Ainda bem que para lembrar eu só preciso pensar, não preciso de mais nada ou de alguém. E o que hoje poderia ter a mesma união que se tinha uns 20 anos atrás, só me resta falar em saudade. Uma pena.