quarta-feira, 27 de março de 2013


No fundo, no fundo a gente sempre vai tá só. É bem verdade aquela história de "viemos só, iremos só", não tem como fugir. Podemos ter melhores amigos, uma mãe atenciosa, um companheiro solícito, mas vai calhar de uma hora ou outra algo nos acontecer e nos vermos sozinhos com nossa dor. Uma hora, alguém com quem sempre contamos, não vai estar à postos. São humanos, não podem sempre acertar. E é aí que nossa dor fica minguada, dolorida e vítima, tão vítima que é de fazer pena. Sentimos pena, é isso, pena de nós mesmos. E queremos que o resto do mundo sinta pena também, porque tá doendo, porque nos sentimos tão sós... E não há colo que resolva, não há abraço que acalente um coração tendo dó de si mesmo. E, por exepriência própria, o que eu aconselho é que você chore. E chore muito. Chore aquele choro fino, sentido, soluçado. Chore até que você se dê conta de que se sentir assim é errado, de que não é merecedor da pena de ninguém - muito menos da sua. Chore até que você perceba que isso, como tudo na vida passa, vai embora, se desmancha.
As vezes - eu disse AS VEZES - é bom se sentir assim. Sabe porque? Porque a gente precisa chegar bem perto do chão para voltar ao topo. Roda gigante é desse jeito. E de novo, quando estiver lá em cima, sorria. Sorria tendo pena e dó de quem não consegue superar momentos ruins, sorria pedindo aos Céus que todos os perdedores um dia consigam se reerguer, sorria agradecendo a Deus por saber voltar a sorrir depois de tanta coisa triste. Depois da dor, apenas sorria!