quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Quase 30


Se tem uma coisa que eu sei fazer bem é escrever. Falando isso não quer dizer que me falte humildade, que me falte senso crítico ou algo do tipo porque, muito pelo contrário: eu sou uma pessoa tão legal que reconheço exatamente o meu lugar.

Nunca tive inimigos, e se tive nunca soube. Me considero uma boa amiga, e me sinto péssima quando dou mancada com alguém que amo. Eu poderia ter sido melhor como filha, mas sou ótima como neta. Amo meus cachorros. Sou chata em demasia com meu namorado, e acho que se ele me ama como diz que me ama, tem que me aguentar desse jeito. Sinto saudades de muitas pessoas, de outras eu sinto uma falta que falta um pedaço meu. Tudo o que mais me dói se resume em sentir saudade. Me apego fácil. Faço planos de uma vida inteira em menos de 10 minutos. Nunca pensei no futuro como algo ruim, passei metade da minha vida esperando ele chegar e fui vivendo enquanto isso.
Hoje, a poucos meses de completar 30 anos, eu continuo me olhando no espelho e vendo a mesma menina que pegava a mochila para ir pro colégio. Naquela época eu sempre me perguntava o que queria ser quando crescesse. A pergunta que faço hoje é o que eu quero ser quando crescer além de feliz. E eu já sou feliz. Sou feliz porque eu sempre fiz tudo que eu quis fazer. Quebrar a cara era consequência, nunca um impedimento.
Depois de quase 30 anos eu ainda não sei o que eu quero ser quando crescer, além de ser feliz. Eu já sou boa amiga, boa filha, boa neta, boa namorada, boa jornalista, boa escritora e boa cozinheira. Talvez o que eu queira ser quando crescer seja tão óbvio, mas tão óbvio, que eu feche meus olhos e procure mais.
Daqui a 30 anos, quando eu tiver cercada de filhos e quem sabe netos, eu tenha a certeza de que tudo o que eu quis eu tive.
Meus sonhos são simples, por isso eles parecem vida real.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Amargura

Amargura. Na minha opinião é pior que o ódio, despeito e pena. Amargura é a inveja extrema de algo ou de alguém que sempre quis ter ou ser. É dor que dói só, por si só. É dor que quer fazer doer no outro. É vontade de ofender e desmerecer sem necessidade.
Pessoas amarguradas trazem sempre

um sorriso amarelo no rosto e olhos que buscam defeitos e até inveta-os. Pessoas amarguradas sempre estão só, mesmo que estejam em uma festa.
Não tenho pena, porque amargura é uma opção e não uma síndrome. Tenho pena de gente invejosa, mentirosa e fingidas. De pessoas amarguradas eu tenho nojo, porque quem passa a vida com o coração inflamado porque quer, só merece meu desprezo.