Essa não é uma carta de despedida, são só meus lamentos que cansaram de viver no meu pensamento e resolveram se expressar. Confusos, eles não sabem ao certo se te mandar praquele lugar é a coisa mais apropriada a ser feita, já que vivem dentro de mim e eu sou educadíssima. Mas é que você consegue ser tão nojentinho quando quer, que qualquer resquício de educação se esvai na menor tentativa. Você, que sempre se sentiu tão superior aos demais, sabia que seu nariz é torto e que tua higiene não é tão em dia assim? Eu sei que isso é mesquinho, mas é que talvez tendo consciência disso tua bola baixasse um tiquinho. A bem da verdade eu queria te dizer que eu nunca me senti inferior a você. Eu sou inteligente, sou bonita, sou culta, sei conversar sobre qualquer assunto, tenho opinião própria e sou humilde. E num misto de inteligência e humildade eu nunca quis ser mais do que você ou do que qualquer outra pessoa. É falta de educação, é ridículo. Falando em falta de educação, eu queria te dizer uma coisa: vem de berço. Não se compra, não se aprende olhando os outros fazerem. É índole também. Filho de peixe, peixinho é – se é que me entendes. Durante muito tempo eu me perguntei porque você sempre foi uma pessoa tão superfula, tão vazia e pseudo sábia. Se você soubesse como ficas ridículo quando tenta dá lição de moral a alguém... É hilário. Sim, eu poderia te falar tudo isso pessoalmente, mas tua capacidade de entendimento e autocrítica é tão pouca, tão chula, que eu preferi perder meu tempo escrevendo do que tentando te explicar tudo isso. Coitadinho. Podendo ser tão cool resolveu ser tão burro.
