sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Como um peru de Natal



Não basta ser Natal, eu tinha que me apaixonar. Não bastava ser encantador, tinha que ser
demolidor. Paixonite aguda, devastação coronária, embrulhos no estômago, choro preso na garganta, Los Hermanos o dia inteiro e um medo extraordinário de nada dá certo.

Eu fui um peru em outras vidas, e nessa só o que eu consegui trazer de outrora foi esse sofrimento antecipado que não se cansa de me dominar. Mas sofrimento por quê, sua louca? Ele não te diz tudo o que qualquer mulher adoraria ouvir? Ele não fala que você é linda e que adora seu jeito de sorrir de lado quando está com vergonha? Então sua neurótica, onde é que o medo entra? Pensamentos ruins atraem coisas ruins, já não basta você ser louca e viver atraindo gente louca?

Você sabe que ele tem um passado de relacionamentos rápidos e uma penca de filhos, que ele já fez de quase tudo nessa vida e que ainda espera uma mulher perfeita – que além de mulher seja motorista também. Você sabe que ele tem o sorriso mais lindo do mundo e o olhar mais sem-vergonha também. Você sabe que talvez pra ele a fidelidade não se defina em quantas bocas ele beija, mas no que ele sente por você.

Queridinha, o scripit já está nas suas mãos, você sabe como ele é; agora você tem que moldá-lo. Ele quer uma mulher? Seja uma mulher, honre nosso nome. Ele quer uma companheira? Seja uma amiga. Você não passou pelo o que já passou para chegar até aqui e dizer que não sabe o que fazer com esse cara, né? Teus 27 anos não foram em vão, meu amor, você já passou por poucas e boas e sabe que está com ele nas mãos.

Se joga que, sabendo fazer, as coisas sempre dão certo. Passo a passo, um de cada vez, mente quieta, coração tranqüilo e focado no que você quer. E sabendo sempre que vez ou outra ele vai te decepcionar, vocês vão entrar em atrito, você vai ouvir "O Vento" 600 vezes por dia... Talvez vocês não durem, talvez ele seja a sua pessoa. Basta esperar, basta saber primeiramente manter o coração batendo no ritmo certo. Por algum motivo ele chegou tão do nada na tua vida e, se for ara ele ficar meu amor, ele vai ficar. Tu sabes disso.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Aprendi em 2011


Coisas que aprendi em 2011

- Que a minha família é a melhor amiga que eu tenho. Quem realmente se importa comigo, quem me dá a mão quando as molas do meu poço estão gastas, quem me ama sem se importar com meus defeitos. A melhor amiga de verdade, a que me faz sentir a maior saudade do mundo e esquecer todos os planos só para estar mais perto.

- Que meus amigos são uma família, mas não são meu tudo. Aprendi que nem todo mundo se doa o suficiente, não se dedica da forma que eu acho que mereço; mas nem por isso meu carinho por eles diminue.

- Que antigos relacionamentos devem permanecer no passado para manter seu encanto, os bons momentos. Tentar reviver é burrice, nunca volta a ser como antes.

- Que o melhor de um namoro conturbado é o término. Ninguém é obrigado a se sentir em guerra e aos frangalhos, nem merece aprender a viver mal.

- Que amizades antigas devem ser preservadas, mas nem todas merecem ser o centro da sua vida - as pessoas mudam e isso as vezes machuca.

- Que por mais que você ache que não dará certo, não custa tentar mais um pouquinho. Ninguém sabe o efeito que palavras boas podem ter.

- Que a distancia só serve para expor sentimentos, bons e ruins.

- Que as pessoas que mais se sentem superior são as mais infelizes, que no fundo sabem que são só e se tornam efusivas no intuito de serem bem aceitas. Geralmente a ficha demora a cair (se cair). Têm delas que passam a vida se enganando ao invés de tentar mudar.

- Que é mais fácil e mais gratificante entregar seu amor a um cachorrinho. Pessoas não valorizam quando você chega, quando você chora, quando você simplesmente sorri.

- Que por mais que se queira desistir de um amor, nem sempre é fácil. Infelizmente eu só aprendi que não é fácil, espero que em 2012 eu aprenda a nao querer mais.

Aprendi várias outras coisas, mas a mais gratificante foi aprender que eu sou o meu melhor espelho, que eu posso o que eu quiser, que não preciso implorar o amor e a consideração de ninguém para ser feliz. Aprendi que, quando Deus está no controle, os sonhos se realizam e a vida é constantemente colorida. Aprendi que o grande segredo é redirecionar nossos melhores sentimentos às pessoas certas, aos momentos exatos e a nós mesmos.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Você sabe que eu nunca digo adeus de verdade. Mesmo quando eu bato a porta com força e saio gritando que nunca mais, não é nunca mais. É só até eu contar os dedos das minhas mãos umas mil vezes, até criar coragem pra olhar dentro delas e percebê-las vazias. Você não é meu, mas sempre que admito isso pra mim mesma acabo voltando atrás, abro a porta outra vez e me vejo querendo conquistar qualquer coisa em você que te faça ficar mais um pouquinho.

Quase ninguém entende. Eu nunca gostei de fazer muito sentido. Você com seu ciúme e orgulho desmedido fazem qualquer coisa acontecer em mim e eu perco o controle.

Você gosta de brigar que eu sei. Gosta de me ver pedir desculpas. Gosta de me ver com ciúmes. Tem uma necessidade enorme de ver que não está sentindo sozinho. E eu entro na dança, porque nós acabamos sempre nos resolvendo, com somas que não batem e, ainda assim, são suficientes.

Em outros tempos eu te abandonaria. E se fosse qualquer amiga me contando nossa história, eu diria pra ela cair fora e te deixar pra lá. Você tem esse jeito que não muda e que eu detesto, mas me encanta. E todas as nossas reviravoltas parecem coisa de novela, mas eu gosto. E você não acredita quando eu digo que posso mudar porque sabe bem quando eu estou mentindo. E eu sempre sorrio quando você diz que não é chato porque sei bem o quanto você detesta admitir seus defeitos.

E ainda há que diga que não existe destino. Onde é no mundo que nossos mundos se cruzariam? Você na sua, sempre olhos calmos e distantes. Eu e minha euforia, braços para todos os lados e redes sociais abarrotadas de gente. Somos o tal dos opostos que se atraíram pelo encanto de conhecer o desconhecido. E não há quem me convença de que sem a ajuda do destino eu poderia ter entrado na sua vida e você acampado na minha. Destino virou meu melhor amigo desde então. Mesmo que às vezes eu saia de perto de você para não falar palavras feias e odeie a forma como você sabe que eu sempre acabo voltando com olhos que transparecem arrependimento.

Detesto todas as coisas que você faz comigo e eu acabo perdoando. Me detesto várias vezes por perdoar todas as coisas que você faz comigo. Mas você sabe me olhar como eu espero que um homem me olhe e, como ninguém, sabe me abraçar e me fazer pensar que tudo vai bem. E vai bem mesmo. Comigo ao seu lado, mesmo em guerra, vai tudo na mais santa paz. Sem calmaria nenhuma, mas com a brisa fresca que os amores verdadeiros fazem a gente sentir e ter certeza que será para sempre, mesmo com alguns finais pelo caminho.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cansada, cansando


Você tá tão diferente, tão estranho, parece que não consegue pisar no chão com esse teu ego gigante quando se trata de mim. Apesar dos pesares eu fico me perguntando até onde isso pode ir, até quando você vai insistir em me tratar com essa indiferença mentirosa, sempre pensando que é mais certo do que eu, que nunca fez nada de errado se tratando de nós dois.

Têm umas coisas que já queria ter te falado a algum tempo, mas nunca achei espaço e foi se acumulando. O que me serviu disso tudo é que eu tive uma visão mais detalhada do nosso relacionamento, que automaticamente me permite não tirar conclusões preciptadas.

Porque eu eu te deixei? Hoje eu entendo que não foi por causa de um cara que dizia coisas bonitas no meu ouvido, que não foi porque ele me mandava sms 10 vezes por dia dizendo o quanto eu sou bonita e legal. Não, não foi por isso. Eu te deixei porque quis receber uma atenção que você não me dava. Eu te deixei porque não conseguia viver um namoro dependente dos outros pra tudo, até por uma coisa tão simples como o ato da gente se ver. Eu te deixei porque eu me decepcionei com a forma estranha que você me tratava. Não me tratava mal, só não me tratava como sua namorada.

Desde que te conheci eu queria ser a sua namorada. Um ano depois VOCÊ achou que era a hora, que eu até continuei querendo, mas meu momento era outro. Eu errei pela forma com que tudo aconteceu, confesso, mas eu não carrego essa culpa sozinha, sabe? Você também é responsável por não ter dado certo, apesar de ser mais cômodo jogar a culpa toda em cima de mim.

Depois de tantos tropeços, de ambas as partes, eu continuo querendo ser sua namorada. Não sei o quê, nem o por quê, mas algo em ti não me deixa ir embora sem olhar pra trás, não me permite dizer que eu não quero mais , não me faz não sonhar com você no meu futuro. Mas é triste planejar tanta coisa com você e só receber indiferença, só perceber que você quer me dá um castigo que eu não mereço, que você continue se achando melhor que eu sem embasamento.

Estou cansada da tua falta de atenção, das raras ligações e do teu jeito de falar comigo. Cansada de esperar por chuva em pleno verão, de planejar sem acreditar, de gostar por gostar. A tampa está se enchendo e eu não gosto de nada que não seja felicidade transbordando na minha vida. Não vou mais me permitir sofrer por você, esperar por você, chorar por você... Até que chegará um dia que eu não vou mais escrever pra você, e aí sim, pode ter a certeza que eu te esqueci completamente.